quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Leitor

Só agora vi “O leitor”, um filme fantástico onde a paixão e a ternura de Hanna e Michael são atingidas pelos efeitos do Holocausto. Uma obra que propõe a reflexão sobre o sentido do amor, mas também sobre a moralidade e a justiça, o erro e (quiçá) o perdão.


Um dos pontos altos do filme demonstra-se através da dedicação de Michael quando Hanna está na prisão e ele grava as suas leituras de livros e envia-lhas para ela as ouvir, conseguindo assim que ela vença o seu ponto fraco, aquilo que a envergonhava ao ponto de prescindir de parte da sua vida, ao consentir a prisão perpétua devido às acusações de que era ela a que “comandava” as restantes guardas do campo de concentração de Auschwitz.



O que a envergonhava era o analfabetismo, algo que ela ultrapassara, mas à custa de quê? É relevante referir aqui que é óbvio que Hanna era culpada e devia ser punida por isso, tinha feito parte daqueles que cometeram uma das maiores atrocidades da História humana, mas aquando da hora do seu julgamento ela nem sequer se defendeu, somente porque não queria mostrar os seus fracassos.


Mais tarde, Michael decide contar a sua história de amor à filha, isto após Hanna se ter suicidado e deixado para a judia Ilana Mather uma lata com algum dinheiro. A forma que encontrou para pedir perdão.


Sem comentários: