Surpreendentemente, o homem duplicado era o próprio Tertuliano Máximo Afonso e não António Claro (ou Daniel Santa-Clara, como lhe quisermos chamar). Um primeiro encontro deles confirmou o que se esperava, eles não eram sósias, nem gémeos, eram absolutamente iguais, uma cópia autêntica um do outro.
Nasceram no mesmo dia, mês e ano, mas não na mesma hora. António Claro nascera primeiro o que provava que era ele o original. Contudo, pela ordem "lógica identitária" que os unia, o primeiro a nascer seria também o primeiro a morrer e nesse espaço que existia entre a morte do primeiro e a morte do segundo, poderíamos concluir que por escassos momentos na vida o duplicado passaria a original.
O desenrolar da acção parece correr a um ritmo alucinante para o final, o desenlace (tal como numa tragédia grega) dá-se em parte como se esperava, mas não inteiramente… Estas páginas da escrita de José Saramago, que ninguém será capaz de igualar, serão quiçá as de um dos mais originais e cogitados livros do escritor.
2 comentários:
nao sei qual é o livro amor, mas parece ser bem interessante, tenho de ver isso! :)
oh obrigada meu amor, mas não sou so eu, tu também és assim! :)
Adoro-te muito
Enviar um comentário